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Levantamento estudou as 100 maiores empresas por receita de 49 países No mundo inteiro, 72% das empresas de médio e grande portes com ações negociadas em bolsas de valores ainda não reconhecem os riscos financeiros oriundos das mudanças climáticas em seus relatórios anuais financeiros, de acordo com a Pesquisa 2017 de Relatórios de Responsabilidade Corporativa da KPMG (The KPMG Survey of Corporate Responsibility Reporting 2017, em inglês). O levantamento estudou relatórios anuais financeiros e relatórios de responsabilidade corporativa das 100 maiores empresas por receita de 49 países, dentre eles o Brasil. Ainda de acordo com a pesquisa, da parcela minoritária que reconhece o risco das mudanças climáticas, apenas 4% fornece uma análise aos investidores do potencial valor de negócio em risco. Em termos de setores, as empresas que operam em recursos florestais e papel (44%), mineração (40%), e petróleo e gás natural (39%) têm as mais altas taxas de reconhecimento do risco relacionado ao clima em seus relatórios. Já serviços de saúde (14%), transporte e entretenimento (20%) e varejo (23%) são setores menos propensos a reconhecer o risco climático. “A pesquisa mostra que, mesmo entre as maiores empresas do mundo, uma parcela extremamente reduzida está disponibilizando indicações adequadas do valor em risco a partir das mudanças climáticas. A pressão sobre as empresas para que se esforcem para melhorar, no que se refere à divulgação, cresce diariamente. Alguns investidores já estão adotando uma abordagem linha dura para exigir a divulgação; alguns países estão avaliando a regulamentação para impô-la; e alguns agentes reguladores financeiros alertaram para o fato que a não identificação e a não gestão do risco climático seja uma violação do dever fiduciário de um Conselho. Neste contexto, estimulamos as empresas a se mexer rapidamente. Aquelas empresas que não o fizerem, poderiam começar a perder investidores em um futuro bem próximo, e constatar que o custo do capital e da cobertura de seguro aumentam rapidamente”, analisa o diretor da KPMG no Brasil e líder para a prática de sustentabilidade, Ricardo Zibas. Tendências A pesquisa da KPMG também explorou as tendências futuras nos relatórios de responsabilidade corporativa, incluindo relatórios sobre as Metas de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) das Nações Unidas, que relatam sobre os direitos humanos e preparam e divulgam metas de redução de emissão de carbono. As principais constatações incluem: • As Metas de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) da ONU tiveram forte receptividade junto às empresas em todo o mundo, em menos de dois anos contados a partir do seu lançamento. Trinta e nove porcento dos relatórios estudados conectam as atividades de responsabilidade corporativa das empresas com as SDGs. A proporção cresce para 43% quando são examinadas especificamente as 250 maiores empresas do mundo (G250). • 73% dos participantes reconhecem os direitos humanos como uma questão de responsabilidade corporativa que a empresa precisa tratar. Esta proporção cresce para 90% no grupo G250. • 67% das 250 maiores empresas do mundo divulgam as suas metas visando reduzir as emissões de carbono da empresa. Todavia, 69% desses relatórios não se alinham com as às metas climáticas que estão sendo estabelecidas pelos governos, pelas autoridades regionais ou pela ONU. Fonte: Assessoria de Imprensa da KPMG.

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A B3 acaba de anunciar as 30 empresas que passam a fazer parte da 13ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas que detém as 200 ações mais líquidas na B3 sob o aspecto da sustentabilidade corporativa. Ele baseia-se em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Criado em 2005 – sendo o quarto do tipo no mundo – conta com uma parceria técnica, desde sua concepção, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), além de ter um Conselho Deliberativo formado por diversas instituições, como o GIFE. A nova carteira do índice, que vai vigorar de 08 de janeiro de 2018 a 04 de janeiro de 2019, reúne 33 ações das 30 companhias. Além disso, representa 12 setores e soma R$ 1,28 trilhão em valor de mercado. Esse montante equivale a 41,47% do total do valor das companhias com ações negociadas na B3, com base no fechamento de 21 de novembro de 2017. A avaliação das empresas foi feita em dois âmbitos: quantitativo (respostas do questionário) e qualitativo (envio de documentos comprobatórios de forma amostral). Aron Belinky, coordenador do programa de finanças sustentáveis do GVces, destaca o processo colaborativo do ISE que, ao longo do ano, reúne em workshops, oficinas e consultas públicas online os interessados para debater sobre o questionário, a fim de aprimorar o processo de seleção a cada ano. Foram realizados também eventos sobre temas relacionados, como “produção e consumo sustentável” e “sustentabilidade e contabilidade – perspectivas atuais sobre a inclusão de aspectos socioambientais nos sistemas de apoio a decisão e gestão de riscos”. Além disso, foi criada uma ferramenta de transparência que permite às empresas fazerem comentários às suas respostas no questionário. Sonia Favaretto, presidente do Conselho Deliberativo do ISE e diretora de Imprensa, Sustentabilidade e Comunicação da B3, destaca que, desde a sua criação, o ISE apresentou rentabilidade de +185,01% contra +113,72% do Ibovespa (base de fechamento em 21/11/2017). No mesmo período, o ISE teve ainda menor volatilidade: 24,67% em relação a 27,46% do Ibovespa. “Claro que são dois índices diferentes, mas é importante estabelecermos essa comparação, assim como todas as bolsas do mundo fazem. A partir destes resultados é possível perceber a combinação perfeita: mais performance e menos risco”, comenta.   Destaques da carteira Ao analisar o perfil e as ações desenvolvidas pelas empresas selecionadas, foram elencados alguns pontos de destaque deste novo grupo. Um dos aspectos positivos, relacionado à área de Recursos Humanos das companhias, é o fato de 98% das companhias incorporarem aspectos de sustentabilidade nas metas de desempenho de seus empregados. Além disso, 85% das companhias realizam ações de premiação e reconhecimentos relacionados a desempenho em sustentabilidade. Em relação à mudança de clima, nos últimos três anos, 92% das companhias realizam estudos sobre suas vulnerabilidades frente a mudança do clima e potenciais impactos sobre o seu negócio (sendo que em 2016 esse percentual era de 71%) e 96% das companhias consideram a adaptação à mudança do clima na concepção e ou revisão de seus empreendimentos, processos, produtos etc. Outro aspecto que teve um salto da última carteira, passando de 18% para 49% das companhias, é que estas já adotaram a prática do preço interno de carbono como ferramenta para promover a redução de suas emissões. “Claro que estes dados não mostram necessariamente que o mercado como um todo avançou neste aspecto fundamental, mas que estas 30 empresas já demonstram que a discussão está em outro nível. Isso, com certeza vai incentivar o mercado e mostrar a importância destas ações”, comenta Aron. Pelo segundo ano consecutivo o ISE incorpora também os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no questionário em alinhamento e de forma tempestiva à adoção dos ODS pela ONU no final de 2015. De acordo com a avaliação realizada, 100% das companhias realizam análises para identificar se tem relação direta e relevante entre suas práticas empresariais e os ODS (87% em 2016). Entre os ODS que se destacaram estão: 9 (Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação), 12 (Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis) e 16 (Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis). Para o próximo ciclo, inclusive, serão revistas algumas questões para que possam ser identificadas práticas que estão sendo desenvolvidas com efetividade pelas companhias nesta relação com os ODS. Entre os aspectos que as companhias ainda precisam avançar está o fato de que apenas 24% incorporam no processo de seleção de seus administradores critérios e aspectos relativos à sua conduta e a seus conhecimentos sobre aspectos sociais e ambientais. A falta de diversidade também se faz presente em boa parte das companhias. Apesar de 51% das empresas ter uma ou mais mulheres no Conselho de Administração, 31% ainda não contam com mulheres no Conselho e nem desenvolveram planos para promover a diversidade e o equilíbrio de gênero. O mesmo vale para a questão de raça: apenas 14% tem a participação de um ou mais negros do Conselho. Além disso, 69% das companhias ainda não contam com negros no Conselho e não desenvolveram planos para promover a diversidade e a equidade racial. “É um desafio e questão da ordem do dia e precisamos avançar”, destaca Aron.   Sustentabilidade na prática Mais do que apenas trazer reconhecimento e visibilidade aos investidores das companhias selecionadas para a carteira, o processo de elaboração e aplicação do questionário do ISE internamente nas empresas busca também apontar o caminho para uma estratégia efetiva com foco nas dimensões da sustentabilidade. “O índice tem auxiliado as empresas na sua gestão. Como ele recomenda boas práticas, as empresas que participam do processo aderem a estas boas práticas para serem cada vez melhores. E estas companhias demonstram a maturidade e a consciência do mercado brasileiro para as questões da sustentabilidade. Apesar do ano de 2017 ter sido desafiador, conseguimos ter uma carteira com 30 empresas. E elas mostram que estão engajadas e são participativas”, aponta a presidente do Conselho Deliberativo do ISE. Pedro Sirgado, gestor executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da EDP, destaca que é notória a evolução da maturidade e consistência das discussões e postura interna da alta direção ao longo destes anos de aplicação do ISE. “Era uma dificuldade antes conseguirmos mensurar o nosso desempenho social. O ISE virou uma métrica e ajudou muito nestes dez anos. Ele se tornou o veículo fundamental para que os temas da sustentabilidade entrassem nas reuniões de diretoria. Hoje, por exemplo, a remuneração variável dos executivos está relacionada a vários aspectos da sustentabilidade. A empresa assumiu essa bandeira”, comenta. O mesmo movimento também foi vivenciado pelo Grupo Fleury, única companhia na área de Saúde a fazer parte da carteira. Segundo Daniel Périgo, gerente sênior de Sustentabilidade e Segurança Ocupacional do Fleury, o ISE funciona como um mecanismo fundamental de gestão interna, pois tem metas atreladas, mensura indicadores e resultados, o que envolve a todos na busca por melhorar os aspectos de sustentabilidade da companhia. No caso das Lojas Renner, uma conquista importante da área de sustentabilidade foi o fato de que, este ano, foram incorporadas metas de compras de produtos sustentáveis. “Quando conseguimos levar a sustentabilidade para o coração do negócio, aí começa a de fato ter impacto. Claro que temos desafios grandes ainda pela frente e, por isso mesmo, temos feito um exercício constante de olhar a cadeia como todo. O índice ajuda justamente a repensar o negócio e traduzir na estratégia dos executivos. Fazer com que a sustentabilidade esteja atrelada a indicadores de performance é fundamental”, acredita Vinicius Malfatti, gerente sênior de Sustentabilidade de Lojas Renner. Para Sonia Favaretto, é importante que o Investimento Social Privado (ISP), com seus avanços, desafios e práticas, se conecte e aproxime cada vez mais da agenda da sustentabilidade. “Há uma inter-relação e muitos pontos de intersecção com potencial de trabalharmos juntos e precisamos investir nisso”, pondera.   Nova carteira As empresas que compõe a nova carteira são: AES Tiete, CCR, CPFL, Engie, Klabin, Natura, B2W, Celesc, Duratex, Fibria, Light, Santander (associada GIFE), Banco do Brasil, Cemig, Ecorodovias, Fleury (associada), Lojas Americanas, Telefônica, Bradesco (associada), Cielo (associada), EDP, Itaú Unibanco, Lojas Renner, Tim, Braskem, Copel, Eletropaulo, Itaúsa, MRV e Weg. Levando em conta a transparência, uma das principais agendas da B3, a publicação das respostas das empresas ao questionário de avaliação é pré-requisito para participação no índice. As respostas das 30 companhias da carteira 2018 já estão disponíveis no site: www.isebvmf.com.br. Reproduzido de publicação GIFE EM 27/11/2017  

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No  5º webminar do grupo Gold Community Pioneer da GRI (31/10) o tema foi Mudanças Climáticas no GRI Standards, com apresentação do case da UPS e o relatório da KPMG - The Road Ahead. A UPS reporta seus dados ESG, voluntariamente, com a GRI desde 2003 e vem usando como ferramenta na gestão estratégica, estabelecendo metas, medindo e reportando.A Rede Global da UPS atende 10,3 milhoões de clientes diariamente, sua frota de veículos é de 114 mil, além de 237 mil aviões. A empresa está em 220 países e territóreos.Dá para imaginar o passivo em emissões. Por isso, em 2011 a empresa começou uma jornada para mapear seu impatco em toda cadeia de fornecedores. Em seu relatório de sustentabilidade 2016, a UPS reconhece que como uma empresa global de transporte e logística as emissões de gases de efeito estufa (GEE) representam um sério desafio para o meio ambiente e, também, para o economia. Por isso assumiu a responsabilidade de estabelecer como um objetivo reduzir suas emissões de GEE em 12% até 2025 em todo suas operações terrestres globais. Este objetivo baseia-se nos seus esforços para alcançar uma redução de 20% na intensidade de GEE em 2020 e afirma que vai continuar medinado e divulgando de forma transparente.  US$ 2,4 bilhões foi o impacto econômico gerado à empresa pela iniciativa de criar alternativas de fornecedores. Por isso a recomendação de seu diretor global de Sustentabilidade, Patrick Browne, para os participantes do webminar para engajar colegas e lidernaças foi "não fale em custos, fale em economia". A GRI é uma organização global baseada na Holanda e realiza webminars direto de Amsterdã para sua rede de Gold Community membros. A ekmkt é uma stakeholder da GRI desde 2011 e realiza processos de mapeamento de impactos, mensuração e divulgação de relatórios, com o propósito de criar um mindset sustentável nas organizações.  No proximo post vamos falar do relatório da KPMG! Nos acompanhe no facebook Conheça o relatório 2016 da UPS  

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